Pintores Portugueses em Paris

 
montagem expo PPP


Exposição de Fotografia de Ursula Zannger
Pode ser vista no Espaço Musas, nos dias
datas

Porque havia o Portugal de Salazar, de dar asilo a Arpad, quando este, perseguido da guerra e do nazismo, com Helena Vieira da Silva, em 1940, quis aqui acolher-se?
Que fosse do mundo!
E Arpad foi do mundo! Recusado o asilo, rumaram ao Brasil, onde o génio de Vieira, segundo alguns, explodiu.
Em 1947 regressam a Paris, onde o Estado francês, esse, nove anos depois, lhes concede a nacionalidade.
Em Portugal, em 1961, rebentam nas mãos de Salazar a guerra colonial e as lutas estudantis. Nunca mais as coisas serão como dantes…
Se, até aí, tal buying prescription drugs online como muitos trabalhadores à procura do pão, já muitos jovens artistas partiam para a Cidade Luz, onde esperavam encontrar mestres com os horizontes de Arpad e Vieira – do tamanho do mundo –, a partir de então, as fronteiras deste jardim soturno eram um escoadouro para a França e, mais a norte, Holanda, Alemanha, Suécia, e por aí fora.
Como muitos outros, Júlio Pomar, Costa Pinheiro, René Bertholo, Lourdes de Castro, Jorge Martins, José Escada, Eduardo Luís, Henrique Silva, Manuel Cargaleiro e Carlos Cobra, foram alguns dos muitos artistas portugueses que então passaram – mais ou menos demoradamente – por Paris, onde Ursula Zangger, entre 1969 e 1974, os fotografou.
Todos encontraram em Vieira e Arpad um porto seguro de acolhimento, tal era a solicitude com que estes recebiam os jovens artistas idos de Portugal à procura de um asilo estético.
Por isso, húngaros, brasileiros, franceses, apátridas, artistas do mundo, seja lá o que fossem e queira ou não o fantasma de Salazar, podemos muito bem chamar a esta exposição

Pintores Portugueses em Paris

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